quinta-feira, 17 de março de 2011

Sistema Reprodutor

Sistema Reprodutor

ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS E MASCULINOS
CICLO SEXUAL FEMININO
PERÍODO FÉRTIL

Os rapazes e as raparigas não são iguais no seu corpo. As diferenças entre os seus órgãos sexuais são muitas – e são elas que permitem distinguir o homem e a mulher.
                Estes órgãos sexuais sofrem transformações na puberdade, altura em que começam a funcionar completamente; e na menopausa, em que o funcionamento dos órgãos sexuais femininos passa a ser parcial, extinguindo-se a possibilidade de reprodução.


ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS:

o   Vulva – conjunto formado por grandes lábios, pequenos lábios e clítoris, situado  na região entre as duas pernas, rodeando os orifícios de entrada de dois canais que comunicam para o interior do corpo:  o que se encontra mais à frente leva à bexiga; e o que está um pouco mais atrás leva ao útero;
o   Meato urinário – é o orifício pelo qual o primeiro canal, a uretra, se abre na vulva e pelo qual sai urina;
o   Vagina – é o canal situado um pouco mais atrás (o importante a nível sexual e de reprodução). É o canal em que o pénis penetra durante das relações sexuais e é através dele que os espermatozóides podem chegar ao óvulo para o fecundar, e também através do qual os bebés nascem, quando há um parto normal;
o   Hímen* – é uma membrana, que envolve as extremidades da vagina, que se rompe (normalmente) na primeira relação sexual, o que pode provocar uma ligeira hemorragia. Existem hímens elásticos que nunca chegam a romper nem a provocar sangramento; e existem ainda hímens que rompem sem provocar nenhuma hemorragia;
o   Pequenos lábios -  são duas pregas, uma à direita, outra à esquerda, que rodeiam a zona do meato urinário e a abertura da vagina. Unem-se pela sua extremidade e são zonas muito sensíveis;
o   Clítoris – pequena saliência na junção dos dois pequenos lábios; também muito sensível, desempenha um papel importantíssimo na sexualidade feminina, sendo o principal motor para atingir o orgasmo. Exteriormente é apenas um pequeno relevo, mas que se torna duro e aumenta de volume aquando da excitação sexual. Na relação sexual, o clítoris é estimulado directamente pelo pénis ou indirectamente porque a penetração da vagina provoca o repuxamento dos pequenos lábios, sendo ainda possível a fricção manual do mesmo.
o   Grandes lábios – são duas pregas maiores, exteriores aos pequenos lábios, uma de cada lado, que fecham a vulva.
o   Monte de Vénus – camada de gordura situada sobre a púbis, coberta pelos pêlos púbicos;


*Certas pessoas pensam que se pode saber se uma mulher é virgem através do “sangramento da primeira vez”, provocado pelo rompimento do hímen. Ora, isso é a opinião do senso comum, pois, cientificamente, é comum que não haja hemorragia na primeira relação sexual se o hímen for flexível (chama-se hímen complacente) ou tiver havido uma ruptura acidental do mesmo (provocada por uma queda ou num passeio de bicicleta, por exemplo) ou ainda se for um pouco maior que o habitual e, após romper, não necessite de sangrar.

ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS QUE SÃO INDISPENSÁVEIS PARA A REPRODUÇÃO:

o   Ovários - são dois órgãos em que se produzem as células sexuais femininas (óvulos). Têm o formato de um ovo e neles existem folículos ováricos que podem transformar-se em óvulos. No entanto, só um pequeno número destas células se transforma relamente em óvulos, visto que uma mulher só produz um óvulo de 28 em 28 dias, entre a puberdade e a menopausa.
o   Óvulos – são células especiais que quase poderíamos chamar meias células, porque só têm metade dos cromossomas das outras células. Os cromossomas são partículas nas quais estão gravadas as características que se podem transmitir por hereditariedade. O óvulo ao reunir-se com o espermatozóide (também só com metade dos cromossomas) forma a primeira célula do novo ser – o ovo.

Imagem 1: Óvulo

Legenda:
Zona pelúcida – camada de células protectoras do óvulo;

Imagem 2: Sistema reprodutor feminino;



Legenda:
[A] – vista frontal;
[B] – vista lateral;
[C] – Órgãos genitais externos
























ÓRGÃOS SEXUAIS MASCULINOS:


Ø  Pénis – corpo cilíndrico que tem a propriedade de poder aumentar o volume, tornando-se duro e erecto (a isto chama-se erecção) ou manter-se no seu estado habitual, mais pequeno, mole e dirigido para baixo
Ø  Glande – extremidade do pénis mais alargada (e por isso chamada, em linguagem vulgar, “cabeça do pénis”) e muito sensível;
Ø  Meato urinário – situado na ponta da glande é o orifício exterior da uretra, canal comum ao aparelho urinário e ao aparelho sexual, podendo dar saída à urina proveniente da bexiga e também do esperma;
Ø  Prepúcio – prega destinada a cobrir em extensão maior ou menor a glande, formada pela pele que reveste o corpo do pénis. Esta prega pode ser repuxada para deixar a glande a descoberto, por ser relativamente móvel.
Ø  Escroto – bolsa de pele grossa e enrugada situada por trás do pénis e dentro da qual se encontram os testículos;
Ø  Testículos – glândulas sexuais masculinas, situadas lado a lado dentro do escroto, de forma oval, onde se produz a testosterona – hormona sexual masculina – e os espermatozóides.
Ø  Espermatozóides – células sexuais masculinas, muito mais pequenas que os óvulos, que são móveis por ter uma cauda que vibra. São produzidos e libertados aos milhões. Os espermatozóides saem dos testículos misturados num líquido fluído, constituído pelas segregações das vesículas seminais e da próstata, chamado esperma.
Ø  Esperma – líquido que contém os espermatozóides e que é formado nos testículos, nas vesículas seminais e na próstata. Durante a fase de excitação, acumula-se na uretra, de onde é expulso durante o orgasmo pelas contracções rítmicas do pénis – a que se chama ejaculação.
Ø  Epidídimo – é uma pequena formação que se sobrepõe a cada um dos testículos na sua parte superior e posterior, onde terminam os tubos siminíferos e de onde parte o canal deferente.
Ø  Canais deferentes – são dois canais, direito e esquerdo, que saem do epidídimo respectivo e se dirigem para cima, acompanhados dos vasos e nervos do testículo, e fazem o transporte de espermatozóides.
Ø  Vesículas seminais – são duas glândulas em forma de saco situadas por trás e por baixo da bexiga e que segregam um dos líquidos constituintes do esperma.
Ø  Próstata – é uma glândula que envolve a uretra na primeira porção, logo à saída da bexiga e que segrega outro líquido viscoso também constituinte do esperma.



Imagem 3: Sistema Reprodutor Masculino



 Legenda:
[A] – vista frontal;
[B] – vista lateral;
[C] – Pormenor de um testículo;


Imagem 4: Espermatozóide


Os espermatozóides são os gâmetas masculinos e são as células mais pequenas do corpo humano. São constituídos por uma cabeça, em cujo núcleo se encontra o material genético, uma zona intermédia e um flagelo, que se movimenta como uma cauda, permitindo que o espermatozóide se desloque.

Ciclo sexual feminino
               

                A partir da primeira menstruação, a menarca, até à menopausa acontece, regularmente, nos ovários e no útero, uma série de transformações, a que se dá o nome de Ciclo Sexual Feminino. Este ciclo tem, geralmente, uma duração média de 28 dias: começa no primeiro dia da menstruação e termina na véspera da menstruação seguinte. Em cada ciclo ocorre a maturação de um óvulo, num ovário, e o útero prepara-se para receber um óvulo fertilizado.
                Estas transformações, bem como todas as transformações que acontecem durante a puberdade, são reguladas por diversas hormonas, entre as quais os estrogénios e a progesterona (hormonas sexuais femininas).


©     Ciclo ovárico

O ciclo ovárico é o conjunto de transformações que ocorrem nos ovários durante o ciclo menstrual e tem três fases distintas:
- Fase folicular: produção de estrogénios pelas células foliculares e crescimento e maturação de um óvulo.
- Ovulação: libertação do óvulo para a Trompa de Falópio, que ocorre quando os estrogénios atingem o seu valor máximo no sangue.
- Fase luteínica: dá-se uma maior produção de progesterona. Se não ocorrer fecundação, o “corpo amarelo” – estrutura que circunda o óvulo e produz progesterona – degenera-se; se existir fecundação, permanecerá no ovário nos primeiros meses de gravidez.

Imagem 5: Ciclo Ovárico
©     Ciclo uterino
Relacionado com o ciclo ovárico, o ciclo uterino prepara o útero para a possível de um óvulo fertilizado. Este ciclo é regulado pela variação das hormonas sexuais e apresenta três fases distintas, que se repetem, aproximadamente, de 28 em 28 dias:
- Fase menstrual: o início da menstruação representa o primeiro dia do ciclo uterino. Ocorre quando as duas hormonas sexuais atingem a concentração mínima no sangue. Consiste no desprendimento do endométrio das paredes do útero, porque não houve fecundação. Como o endométrio é muito irrigado por vasos sanguíneos, esta libertação é acompanhada de hemorragia – a menstruação. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina para o colo do útero e é expulso através da vagina. Dura aproximadamente 5 dias.
- Fase proliferativa: com o aumento de produção de estrogénios, o endométrio volta a reconstituir-se e torna-se mais espesso e irrigado por vasos sanguíneos. Dura cerca de 9 dias.
- Fase secretora: maior desenvolvimento do endométrio, que é provocado pelo aumento de produção de progesterona, produzida pelo corpo amarelo. Dura aproximadamente 14 dias. Por volta do 21º dia do ciclo uterino, o endométrio está preparado para alojar um embrião. Se não houver fecundação, com a degeneração do corpo amarelo, os níveis de progesterona diminuem. Os níveis baixos das duas hormonas provocam novo desprendimento do endométrio, dando origem, por volta do 28º dia do ciclo, a uma nova menstruação.

Imagem 6: Ciclo Uterino
*Involução: regressão, retrocesso.


                É relevante referir que a higiene é sempre importante; porém, durante a menstruação, que é um corrimento contínuo de sangue durante alguns dias, as raparigas devem ter cuidado pois, além de estarem mais vulneráveis a apanhar infecções, é crucial que se mantenham limpas e mudem o penso/tampão regularmente, para evitar algum odor desagradável ou mesmo a passagem de período para as calças/calções/saias. 




Quando é o período fértil?

Ao contrário da sabedoria popular, que diz que “todas as mulheres estão no seu período fértil 14 dias após vir o período”, o período fértil varia, de facto, de mulher para mulher.
No caso das mulheres que têm um ciclo menstrual regular, ou seja, que têm a menstruação de 28 em 28 dias, o período fértil é 14 dias após ter o período. Nestes casos a mulher tem quase 100% de possibilidades de engravidar, se for saudável e tiver relações sexuais desprotegidas, entre o 12º e o 16º dia, sendo que o 14º é o mais propício para a gravidez.
Quanto às mulheres que têm um ciclo menstrual irregular, ou seja, cuja menstruação pode demorar mais de 28 dias a vir, o período fértil é mais abrangente. Nestes casos, a possibilidade de engravidar vai do 14º ao 20º dia - visto que o ciclo ultrapassa os 28 dias, podendo atingir, em algumas mulheres, na sua maioria com idade superior a 30 anos, 35 dias – e os dias mais propícios são, na maioria dos casos, o 18º e o 19º. Tendo em conta que os ciclos irregulares são diferentes em cada uma, estes dados são uma média, que permite às mulheres com um ciclo inconstante saberem, mais ou menos, o seu período fértil, fazendo apenas uma previsão dos dias mais propícios a engravidar.



Imagem 7: Exemplo de um ciclo menstrual de 28 dias


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