quinta-feira, 17 de março de 2011

Doenças Sexualmente Transmissiveis e Metodos Contraceptivos

Os métodos contraceptivos artificiais são formas não-naturais de evitar uma gravidez. Existem vários métodos barreira, mas, actualmente, dois são considerados eficazes para evitar uma gravidez: o preservativo e o DIU (Dispositivo Intra-Uterino):

Métodos Contraceptivos Artificiais: Reversíveis de Barreira
Preservativo
DIU

Dispositivo feito de borracha muito fina (látex) que se coloca no pénis quando este se encontra erecto. Após a ejaculação, o sémen fica retido no reservatório da extremidade do preservativo, impedindo que seja depositado na vagina.
Dispositivo feito de cobre ou plástico. Pode ter diversas formas. Só pode colocado por um médico e é inserido no útero, através da vagina, impedindo que ocorra a fecundação.
Vantagens: impede a fecundação e é o único método que evita contágio das doenças sexualmente transmissíveis
Vantagens: é muito eficaz e pode durar de 3 a 5 anos.
Desvantagens: tem de ser colocado com o pénis erecto antes de existir o contacto genital.
Desvantagens: não protege contra as DST. Só pode ser colocado por um médico e tem que ser verificado por um ginecologista pelo menos 2 vezes por ano. Pode aumentar o fluxo e as dores durante o período menstrual.

                Já a contracepção hormonal baseia-se na administração de hormonas sintéticas que impedem a ovulação. Não havendo a produção de óvulos é impossível haver fecundação e, consequentemente, não há gravidez. Estas hormonas devem ser prescritas pelo médico, pois existem algumas contra-indicações e vários tipos de combinações hormonais, com diferentes dosagens, que podem ser administradas de várias maneiras: por via oral – pílula; por via cutânea – adesivo contraceptivo; por implantação sob a pele – implante intradérmico; ou por colocação de um dispositivo dentro da vagina – anel vaginal.

Métodos Contraceptivos Artificiais: Reversíveis Hormonais
Pílula
Adesivo Contraceptivo

Na maioria dos casos, toma-se durante 21 dias e suspende-se durante 7, durante os quais aparece a menstruação. Pode tomar-se também durante os 28 dias seguidos, sendo que, a partir do 21º, os comprimidos ingeridos são placebos, ou seja, não têm efeito – este tipo de pílulas são administradas a pessoas que se possam esquecer de as tomar e, para não interromper o ciclo, decidem tomar durante os 28 dias.
Adesivo que liberta hormonas através da pele. Coloca-se o adesivo durante três semanas e à quarta semana aparece a menstruação. 
Vantagens: maior taxa de sucesso dos contraceptivos hormonais. Regulariza os ciclos menstruais.
Vantagens: elevada taxa de sucesso. Evita a toma diária de um comprimido (pílula).
Desvantagens: tem que ser tomada diariamente – e se isto não acontecer pode perder o efeito e é possível engravidar – e não protege contra as DST.
 Desvantagens: tem que ser colocado diariamente – e se isto não acontecer pode dar-se uma gravidez – e não protege contra as DST.
Implante Intradérmico
Anel Vaginal

O médico coloca, com uma seringa, debaixo da pele, um pequeno bastonete que vai libertando lentamente as hormonas. Ao fim de alguns meses, a menstruação desaparece.
Pequeno anel de plástico flexível que é introduzido no fundo da vagina durante três semanas, durante as quais vai libertando hormonas. Depois de, ao fim das três semanas, ser retirado, aparece o período.
Vantagens: elevada taxa de sucesso, dura cerca de 3 anos e evita a toma diária de um comprimido. A menstruação voltará quando forem retirados os implantes.
Vantagens: elevada taxa de sucesso. Regulariza os ciclos menstruais. Evita o esquecimento da toma do comprimido (pílula) e pode ser retirado durante o acto sexual, se assim se pretender.
 Desvantagens: não protege contras as DST. Pode tornar-se incómodo.
Desvantagens: não protege contra as DST.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

                O ser humano convive diariamente com milhões de microrganismos: vírus, bactérias e fungos, que se encontram no ar, na terra, na água e até dentro do nosso corpo. A maioria desses seres microscópicos não nos afecta e alguns são mesmo essenciais para o funcionamento do organismo, como é o caso dos que habitam no intestino. No entanto, alguns microrganismos podem causar infecções ao Homem: umas ligeiras, outras graves e contagiosas.
                Algumas dessas infecções transmitem-se sobretudo por contacto sexual entre uma pessoa infectada e uma pessoa sã, denominando-se Doenças Sexualmente Transmissíveis. AS DST constituem um problema grave de saúde pública: a OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que surjam anualmente 340 milhões de casos de DST.
Existem DST que podem dar origem a problemas de saúde graves, como a infertilidade e o cancro anogenital (ânus/pénis/vagina), além de poderem causar parto prematuro, doenças no recém-nascido ou a morte do feto, quando a mulher infectada está grávida.
                Algumas DST atingem, principalmente, as vias genitais do sistema reprodutor, são de diagnóstico mais fácil, pois apresentam-se fisicamente mais rápido, e são curáveis. Mas existem também DST que afectam outros sistemas que não o sistema reprodutor. Por exemplo, os vírus da Hepatite B (VHB) e da SIDA (HIV), que se transmitem através de contactos com o sangue e/ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, bem como a Sífilis e a Gonorreia, que podem levar à infertilidade, a doenças crónicas, à malformação de um feto e até à morte. Estas são controláveis mas incuráveis, sendo que, por vezes, pode ter-se uma vida normal, embora o vírus permaneça no corpo; e, outras vezes, o destino acaba por ser mesmo a morte.





Infecções que atingem principalmente o Sistema Reprodutor
Infecção
Sintomas
Consequências
Transmissão por contacto sexual e…
Candidíase
Candida albicans
Fungo
Secreção vaginal intensa, comichão e ardor.
No homem podem ou não manifestar-se sintomas.
Não tem consequências para a mulher.
Partilha de roupa interior, toalhas, etc. da mãe para o recém-nascido durante o parto, infectando boca e/ou olhos.
Herpes Genital
Herpes Simplex
Vírus
Feridas e úlceras nos órgãos genitais externos.
Aumenta o risco de cancro do colo do útero.
Da mãe para o recém-nascido durante o parto.
Uretrite e Cervicite
Chlamydia trachomatis
Bactéria
No homem, dor ao urinar e secreções com pus.
Na mulher, dor ao urinar e durante as relações sexuais, secreções vaginais amareladas e com pus.

Infecção urinária na mulher e uretrite no homem. Infertilidade.


Partilha de roupa interior, toalhas, etc.

               




Infecções que atingem todo o organismo
Infecção
Desenvolvimento da infecção
Sintomas
Consequências

Transmissão por contacto sexual e…

Gonorreia
Neisseria Gonorrheae
Bactéria
Infecção da uretra/ do colo do útero, do recto, da garganta e dos olhos.
Na mulher: inflamação do colo do útero e transtornos menstruais.
No homem: uretrite com produção de uma secreção amarelada.
Esterilidade masculina e feminina. Inflamações. Complicações durante a gravidez.
Partilha de roupa interior, de toalhas, etc.

Da mãe para o recém-nascido, durante o parto.

Hepatite B
VHB
Vírus
Infecção das células do fígado, causando lesões e o seu mau funcionamento.
Lesões hepáticas, cirrose, cancro do fígado.
Produz graves problemas no fígado. Pode causar a morte.
Sangue. Da mãe para o recém-nascido durante o parto e através do leite materno.

SIDA
HIV
Vírus
Destruição progressiva dos glóbulos brancos, causando o Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e outras doenças, que advêm da imunidade deficiente.

Anemia, febre, perda de peso, alterações imunitárias, etc.

Infecção generalizada e morte.
.



Sangue. Placenta e leite materno.

Sífilis
Treponema pallidum
Bactéria
Infecção dos gânglios linfáticos que se propaga pelo organismo através do sangue.
Inicialmente, feridas genitais que não curam. Depois, lesões na pele e mucosas.
Lesões no Sistema Cardiovascular e Nervoso. Malformação ou morte do recém-nascido.

Placenta. Da mãe para o recém-nascido durante o parto




Sem comentários:

Enviar um comentário