quinta-feira, 17 de março de 2011

Prefácio das Psicólogas do Serviço de Psicologia e Orientação

                                                                                                                                                            
Este livro, transformado agora em blog, propõe-se ser uma viagem pela Educação Sexual e começa de modo auspicioso, visto tratar-se de um conjunto de textos redigidos e coligidos pelos próprios alunos, ou seja, de e para eles. Porquê que isso é um aspecto relevante? Talvez por serem textos com um discurso mais próximo do conjunto de angústias, medos, desejos, dúvidas e aspirações próprias destas idades.
A docência de Educação Sexual que se inicia este ano é o fruto de uma jornada que começou há alguns anos atrás; residem ainda questões de saúde pública, em Portugal, como a intervenção precoce ao nível dos comportamentos de risco por parte dos jovens quer no que toca a gravidezes indesejadas quer na prevenção de contágio das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Mas há, seguramente, uma responsabilidade civil de educar as suas gerações da melhor forma que souber, para contribuir para um melhor futuro de todos nós.
 O convite para prefaciar esta obra será talvez para realçar na sexualidade, os afectos. Aparentemente, não há muito a dizer, a sexualidade é uma expressão e manifestação do meu afecto por outra pessoa.
O que não será simples, talvez, seja a viagem que duas pessoas fazem na direcção da intimidade uma da outra. Será um caminho em linha recta? Terão desvios? Recuos e avanços? Dúvidas? Será que me sinto bem comigo próprio(a) no mais íntimo de mim para permitir a proximidade de alguém? E depois se a pessoa desaparece deixando o meu coração desabrigado? Os afectos vão sendo modificados consoante a idade e as vivências, no sentido de um crescimento integrado, ou seja, a par e passo com o reconhecimento do jovem da sua Identidade e da sua Personalidade que se encontram também a moldar-se.
Sendo a adolescência uma fase demarcada por uma série de transformações, físicas, psicológicas e sociais, culminando no encerrar do ciclo da escolaridade obrigatória com passagem para o mercado do trabalho ou para continuação dos estudos, é natural que os nossos afectos também mudem.
Congratulamos o grupo que embarcou a bordo deste navio, pois porta em si a bandeira da participação activa; tal como se apela à co-responsabilização pelos comportamentos dos jovens, fica aqui demonstrado um exemplo duma participação responsável ao nível da mudança das atitudes e comportamentos. Esta demanda começa em nós e naqueles que nos estão mais perto. Parabéns!
Um grande bem-haja a todos e sejam felizes;
Gabinete de Apoio ao Aluno – S.P.O.

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